O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua profunda frustração com os intensos ataques russos à Ucrânia, que resultaram em pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos nesta quinta-feira (24). Em uma mensagem direta ao presidente russo, Vladimir Putin, Trump escreveu em sua plataforma Truth Social: "Vladimir, PARE!".
A Rússia lançou uma onda de ataques durante a madrugada, disparando 70 mísseis e 145 drones contra seis regiões ucranianas, incluindo a capital Kiev. Testemunhas descreveram cenas de devastação em áreas residenciais, com prédios destruídos e corpos nas ruas. O último balanço dos serviços de emergência ucranianos aponta para 12 mortos e 90 feridos.
A onda de ataques provocou indignação internacional. A União Europeia condenou veementemente a ação russa, reafirmando que a Rússia continua sendo "o principal obstáculo à paz". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encurtou sua visita à África do Sul em resposta à escalada do conflito.
Trump, que busca mediar o fim da guerra iniciada em fevereiro de 2022, expressou seu descontentamento com os ataques, classificando-os como ocorrendo em um "momento muito ruim". A tensão aumentou após o cancelamento de negociações em nível ministerial entre Estados Unidos, Ucrânia, França e Reino Unido, devido ao vazamento de informações sobre um possível reconhecimento americano da soberania russa sobre a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014.
Zelensky reiterou que a Crimeia "é nosso território", enquanto Trump o classificou como "incendiário", alegando que um acordo com a Rússia estaria "muito próximo". A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, reafirmou o apoio à soberania ucraniana sobre a Crimeia.
Em Kiev, equipes de resgate trabalharam arduamente para auxiliar as vítimas, enquanto testemunhas descreveram cenas de terror e pânico durante os ataques noturnos. As forças armadas russas confirmaram a realização de ataques "com armas de precisão de longo alcance" contra instalações do complexo militar-industrial ucraniano, segundo o Ministério da Defesa russo. A escalada do conflito e a reação internacional evidenciam a complexidade e a urgência de uma solução diplomática para a crise na Ucrânia.
