Presidente do INSS é Demitido em Meio a Escândalo de Fraudes Bilionárias
Alessandro Stefanutto é exonerado após operação da PF que investiga desvios de até R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões; governo ainda não nomeou substituto.
Por Kaká Amaral
Publicado em 24/04/2025 08:15
País

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi demitido do cargo nesta quarta-feira (23), em um cenário marcado pela forte repercussão de uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes bilionárias envolvendo aposentadorias e pensões. A exoneração foi formalizada por Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil, durante as férias do ministro titular da pasta, Rui Costa. Curiosamente, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Carlos Lupi, chefe da Previdência Social, não assinou o ato de demissão. O governo federal ainda não anunciou quem assumirá a presidência do INSS.

A demissão de Stefanutto ocorre horas após ele ter sido afastado judicialmente do cargo por um período de seis meses. A decisão judicial foi proferida no âmbito da mesma investigação conduzida pela Polícia Federal em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU). A operação apura prejuízos significativos causados por descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

As investigações preliminares apontam que as irregularidades teriam ocorrido entre os anos de 2019 e 2024. Segundo estimativas dos investigadores, os desvios podem ter causado um rombo de até R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos, um valor alarmante que evidencia a magnitude do esquema sob apuração.

Em declaração anterior, o ministro Carlos Lupi havia afirmado que a indicação de Alessandro Stefanutto para a presidência do INSS foi de sua "inteira responsabilidade", o que coloca ainda mais pressão sobre o governo em relação à escolha do novo nome para liderar o órgão previdenciário em meio a esta grave crise. A expectativa agora é sobre quem será o escolhido para assumir a delicada missão de restabelecer a confiança na gestão do INSS e colaborar com as investigações em curso.

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