RENATO ARAGÃO NEGA 'ESCONDER' FILHA LÉSBICA E REBATE BOATOS FAMILIARES
Em entrevista, humorista de 90 anos se defende de acusações de homofobia e discriminação contra Juliana Rangel, que enfrenta dificuldades financeiras, e alega 'campanha orquestrada' de difamação contra sua família.
Por Kaká Amaral
Publicado em 15/04/2025 08:20
Famosos
Renato Aragão e seus filhos

Renato Aragão, aos 90 anos, quebrou o silêncio nesta segunda-feira (14) para rebater veementemente rumores e boatos envolvendo seus familiares. Em entrevista exclusiva ao F5, da Folha de S. Paulo, o icônico humorista se manifestou sobre as acusações de que teria tentado 'esconder' da mídia sua filha Juliana Rangel Aragão, de 47 anos, por ela ser lésbica e viver um relacionamento homoafetivo. O artista foi alvo de críticas após a repercussão de que não publicaria fotos ou vídeos com a herdeira, que trabalha como motorista de aplicativo e confessou enfrentar dificuldades financeiras nos últimos anos.

Pai de cinco filhos, Renato Aragão fez um desabafo raro, negando qualquer distinção entre eles. "Ela é minha filha tanto quanto o Paulinho, o Ricardo, o Renato Jr. e a Lívian Aragão. Nunca fiz diferença pela escolha sexual dela, nem por ser adotiva. Filho é filho", declarou enfaticamente ao F5.

Juliana, que também reside no Rio de Janeiro, recentemente recorreu a duas vaquinhas online: uma para arrecadar fundos para a compra de medicamentos para asma e outra para consertar o ar-condicionado de seu carro. Seus apelos nas redes sociais levantaram suspeitas e boatos de que ela seria vítima de homofobia e discriminação dentro da própria família, alegações que o ator nega com veemência. "Sobre dinheiro, nunca tivemos problema nenhum quanto a isso. Toda vez que ela precisou, ela teve. Meus filhos são autônomos, trabalham como diretores e músicos e estamos sempre juntos, mesmo eles tendo suas próprias vidas e famílias. Não escondo ninguém, minha família sempre foi pública, tá até no Google, mas eles são discretos e têm vida própria e particular", garantiu o eterno Didi Mocó.

O humorista explicou que Juliana é fruto de seu relacionamento com Martha Rangel, sua primeira esposa, falecida em 2014. "Ela sempre esteve com a mãe quando morou nos Estados Unidos e aqui no Brasil. Ela adora dirigir e gosta de cães. Acabou indo trabalhar como Uber de pets e depois como Uber. Foi uma escolha dela e digna, como qualquer outro trabalho. Na vida temos que trabalhar com o que amamos. Eu não achei nada de mais", contou. Renato também revelou que, apesar de Juliana não morar mais com ele, a filha dela, sua neta de 17 anos, reside com a família e tem uma relação "incrível" com ele. Sobre as vaquinhas online, Aragão afirmou: "Nunca ouvimos falar disso. Se fez, foi por alguma razão pessoal dela. Recebemos a informação com todos vocês e ficamos tão surpresos quanto todo mundo".

Em um tom de desabafo, Renato Aragão alegou estar sofrendo, juntamente com sua família, uma "campanha orquestrada de difamação" que utiliza "mentira e desinformação como armas" e tem "método" e "má intenção". O humorista mencionou que essa campanha teria começado com críticas sobre ele não gostar de ser chamado de Didi e agora mira em seus filhos.

O astro também abordou os rumores de que seria "antipático" com funcionários e colegas de trabalho, explicando que, durante as filmagens, seu papel era também de líder, responsável por mobilizar dezenas de empregos por filme. Ele admitiu ser "capricorniano" e "amar trabalhar", o que exigia dele "voz de comando" em produções grandiosas, mas negou ser "rude" ou "áspero".

Renato Aragão finalizou a entrevista lamentando a tentativa de colocar amigos de longa data, como Dedé Santana, uns contra os outros em busca de cliques, e de "desenterrar desentendimentos de trabalho de 40, 50 anos atrás". Ele enfatizou a amizade e o companheirismo que sempre existiram entre ele e seus colegas de trabalho.

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