A Prefeitura de Rio das Ostras, por meio da Secretaria Municipal de Manutenção de Infraestrutura Urbana e Obras Públicas, concluiu a análise técnica preliminar da estrutura atingida pelo incêndio ocorrido em uma loja na madrugada do último sábado, 29. O estudo foi conduzido pelo secretário municipal e engenheiro civil Wayner Fajardo.
A vistoria avaliou as condições visíveis após o ocorrido, considerando o tempo de exposição às chamas, a intensidade do calor, os efeitos do choque térmico durante o combate ao incêndio e os danos materiais observados no local.
De acordo com o secretário, com base nos danos observados, a edificação foi classificada como Classe de Risco IV – Muito Alto, o nível máximo de perigo estrutural. “Essa classificação indica risco real e iminente de colapso progressivo, podendo comprometer não apenas a loja, como também construções anexas e a circulação no entorno imediato”, explicou Fajardo.
DANOS ESTRUTURAIS IDENTIFICADOS – Durante a vistoria, a equipe técnica constatou elementos estruturais gravemente comprometidos como o colapso parcial do pavimento térreo, com perda de apoio e instabilidade; deformação severa de vigas metálicas e vidros, indicando temperaturas superiores a 700°C; pilares metálicos empenados e sem prumo, com perda significativa de capacidade resistente; lajes com delaminação (“spalling”), armaduras expostas e comprometimento do concreto; trincas diagonais em paredes e escadas, características de movimentação estrutural pós-incêndio, e entulhos estruturais, indicando ruptura de elementos internos.
Tendo em vista os danos identificados, a equipe técnica determinou que sigam interditados a loja e o prédio incendiados, os pavimentos superiores apoiados sobre a área afetada; as construções laterais diretamente conectadas ao imóvel e todo o passeio público em frente à edificação.
A Rodovia Amaral Peixoto permanece liberada, porém sob monitoramento contínuo das equipes da Secretaria de Manutenção de Infraestrutura Urbana e Obras Públicas, da Defesa Civil e da Guarda Civil Municipal, devido ao risco de deslocamentos estruturais.
Qualquer ação dentro da área sinistrada — seja acesso, inspeção interna ou retirada de escombros — dependerá da apresentação de um Plano de Escoramento e Estabilização Estrutural, que deverá incluir avaliação detalhada do escoramento progressivo; memória de cálculo e desenhos técnicos; procedimentos seguros para retirada de materiais colapsados; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável técnico; e autorização formal da Defesa Civil.
Todas as próximas etapas seguirão critérios estritamente técnicos, priorizando a segurança da população, dos trabalhadores e do entorno.
As equipes técnicas da Prefeitura seguem acompanhando a situação e realizarão novas avaliações, conforme a evolução das condições estruturais no local.