O 1º Seminário de Redução de Danos, realizado na última quarta-feira (02) no auditório Cláudio Ulpiano da Cidade Universitária, em Macaé, promoveu um espaço de reflexão sobre políticas de cuidado em saúde e a importância da Escola de Redução de Danos Peito do Pombo. O evento reuniu profissionais de diversas áreas, como Serviço Social, Habitação, Saúde e Psicologia, além de representantes de secretarias e estudantes universitários.

Durante o seminário, foi destacada a relevância da Escola de Redução de Danos, que em 2024 chega à sua 12ª edição, na formação de profissionais capacitados para o acolhimento e cuidado de pessoas em situação de vulnerabilidade que fazem uso crítico, prejudicial e/ou abusivo de álcool, tabaco e outras drogas. A escola, vinculada à Coordenação Geral de Políticas sobre Drogas (CGPOD) da Secretaria Municipal de Saúde de Macaé, oferece um espaço de aprendizado e troca de experiências sobre estratégias de redução de danos.

"A redução de danos ainda é uma política desconhecida para alguns profissionais. No Brasil, só existem duas escolas de redução de danos, uma em Macaé e outra na Fiocruz, no Rio de Janeiro. Este é um importante espaço para as dúvidas, diálogos e troca de ideias", destacou a assistente social da CGPOD, Maria Luiza Vaccari Quaresma.

O seminário contou com a participação de palestrantes renomados, como o professor-pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Dênis Petuco, que abordou o histórico da Redução de Danos no Brasil e a importância de evitar termos estigmatizantes; o ouvidor da Prefeitura de Macaé, Alex Xavier, que apresentou a atuação da Ouvidoria na construção da Escola de Redução de Danos; e a psicóloga e ex-aluna da escola, Lohane Zuniga, que discutiu as trilhas éticas na redução de danos.

A Escola de Redução de Danos visa capacitar profissionais para a implementação de estratégias de proteção, cuidado e autocuidado, possibilitando mudanças de atitude frente a situações de vulnerabilidade. A redução de danos é uma abordagem que busca minimizar os danos associados ao uso de drogas, tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, sem exigir a abstinência imediata.

Durante o seminário, foram abordados temas como a importância da interdisciplinaridade, a necessidade de um olhar humanizado sobre o usuário de drogas e a relevância da participação da sociedade civil na construção de políticas públicas eficazes. A expectativa é que o evento contribua para fortalecer a rede de atenção às pessoas em situação de vulnerabilidade e para aprimorar as práticas de redução de danos em Macaé.